quinta-feira, outubro 16, 2008

Dica de leitura

Para quem está em pânico com a crise nas bolsas de valores, aí vai uma sugestão de leitura

terça-feira, outubro 07, 2008

Esse saco tem fundo?

Estão dizendo nos últimos dias que a bolsa de valores virou um saco furado. E virou mesmo. Os mercados no mundo todo não páram de cair e por aqui não está sendo diferente. O preço das ações despencando, muita volatilidade, pânico em todos os mercados.

E agora, o que fazer?

Depende. Se você foi prudente e aplicou na bolsa somente com um objetivo de longo prazo - mais do que cinco anos - e somente uma parte do seu capital, a melhor estratégia é esperar. Não se desespere. Sair agora do mercado (vender as ações) é aceitar a perda e tirar qualquer possibilidade de recuperá-la.

Mas se você fez uma aposta que a bolsa ia subir no curto prazo, más notícias: tudo indica que o mercado vai levar tempo para se recuperar. O mundo está caminhando para uma recessão. As pessoas vão ter menos dinheiro. Vão comprar menos. As empresas vão ganhar menos dinheiro. Vão contratar menos gente, haverá menos renda disponível...Uma bola de neve.

Nesse caso, se você for precisar do dinheiro de qualquer jeito, vá em frente em venda. Venda de forma parcelada, tentando aproveitar alguns raros momentos de alta, para poder pelo menos reduzir as perdas.

Mas se você ainda não entrou no mercado, abra o olho, essa pode ser uma boa hora. Sim! As ações estão baratas - e podem cair ainda mais - mas tudo indica que elas se recuperam no longo prazo. Quanto tempo? Cinco, dez, quem sabe 15 anos. Portanto, pense bem sobre quando você vai precisar do dinheiro. E aplique apenas uma parte do sue capital (15% da poupança prevista). É uma ótima chance de fazer o dinheiro trabalhar pra vc.

E ah, invista em empresas sólidas, tentando imaginá-la num futuro de 15 anos. O que ela vende terá demanda?

Esta semana ainda escrevo mais sobre estratégias que podem ser adotadas em tempos como esse.

domingo, junho 01, 2008

Envelopes mágicos

Tenho falado muito nos últimos posts sobre aplicações financeiras. Fundos de investimento, CDB, poupança, ações, títulos de capitalização. Tudo isso tem sido muito comentado aqui. Instituições que fazem seu dinheiro trabalhar para você. Mas vira e mexe voltamos àquele dilema inicial:


– Isso mesmo, como vou fazer meu dinheiro sobrar para aplicar nestes trabalhadores mágicos?

Me recordo isso ter sido tema de um dos meus primeiros posts aqui no Finanças. Outro dia, conversando com uma grande amiga, me lembrei de uma técnica antiga que eu costumava usar nos tempos mais duros e que costuma ser infalível.


– Que técnica é essa?

É a dos envelopes. Consiste em separar cada um dos gastos previstos no mês em envelopes. Por exemplo, você contabiliza, esse mês vou gastar R$ 200 em lazer, R$ 50 no cabeleireiro, R$ 20 na padaria, R$ 40 no sacolão, R$ 30 em lanches no trabalho. No início do mês, saca a soma dessas despesas – preferencialmente com dinheiro trocado – e guarda os montantes correspondentes em cada um dos envelopes, nomeando-os.

A partir daqui é fácil. Basta, a medida em que os gastos forem acontecendo,tirar o dinheiro dos envelopes correspondentes para honrar os compromissos. Quando o dinheiro, por exemplo, o do lazer, acaba, você simplesmente espera chegar o próximo pagamento. Saiba dizer não a si mesmo e à tentação do cartão de crédito.

Além disso, fazendo isso, ter uma conta corrente perde um pouco do significado. Isso permite que você migre sua conta para conta poupança e deixe de pagar tarifas mensais que vão de R$ 10 a R$ 30. É mais um dinheiro que sobra. Agora é ler os outros posts sobre aplicações e mãos à obra, ou melhor, à poupança!

Uma boa semana.

domingo, maio 11, 2008

Fazendo o pé de meia

Ricardo é fotógrafo em início de carreira. Tem 20 anos, é solteiro, quer ter filhos, e já pensa no dia em que quer parar de trabalhar e curtir a família e as crias. Numa visita ao banco, o gerente de sua conta lhe ofereceu um produto que lhe daria o direito a uma retirada mensal de R$ 5 mil a partir dos 60 anos e que para isso bastava ele autorizar um desconto mensal de uma determinada quantia em sua conta corrente.


É claro que todos sabem estou falando de um plano de previdência. Mas o que muitas pessoas não sabem é que cada um pode fazer seu plano sem a ajuda do banco. E sem ajuda do banco significa, sem pagar taxa de administração, ou seja, ter o mesmo rendimento no futuro, pagando menos por isso hoje!

-E como isso é possível?

Fácil assim: você compra todo mês títulos do governo com vencimento na data de sua aposentadoria. Eu indicaria as NTNs. São títulos corrigidos pela inflação mais um percentual fixo. Hoje, uma NTN com vencimento em 2045 está pagando uma taxa de 6,77% ao ano mais a inflação medida pelo IPCA. Não é lá uma grande rentabilidade, mas a proteção contra a inflação é um grande aliado.

Para comprar NTNs, você deve ser cadastrado numa corretora de valores e pedir uma senha para acessar o Tesouro Direto. Dentro do ambiente de compra do site, você terá de escolher um dos títulos oferecido pelo governo. Se você quiser se aposentar em 2040, por exemplo, é só comprar mensalmente títulos com vencimento naquele ano. Na data, o dinheiro correspondente à compra em títulos é depositado em sua conta na corretora e aí você pode trazê-lo de volta para sua conta corrente.

Depois de transferido de volta para sua conta corrente, não esqueça de aplicá-lo na poupança para que haja um rendimento mensal em cima do valor principal. Desta forma, o dinheiro vai durar muito mais e você só vai retirando o que determinou para si como renda mensal.

Quem quiser saber qual o valor mensal aproximado que deve aplicar nas NTNs para ter uma determinada renda no futuro, basta me mandar um e-mail com nome, idade atual, idade que quer se aposentar e renda mensal desejada na aposentadoria. Prometo responder ao longo da semana.

Uma boa semana financeira a todos.

domingo, maio 04, 2008

Brasil recebe grau de investimento: e daí?

Esta semana o assunto financeiro não foi outro: o Brasil recebeu esta semana o esperado Grau de Investimento de uma das principais agências de classificação de risco do mundo.

Mas afinal o que é isso?

Trocando em miúdos, é um novo patamar de classificação de risco de o Brasil não honrar seus compromissos - leia-se dívidas - financeiros. Um patamar mais baixo é lógico. Explicando de novo, as agências de classificação de risco acham que cada é cada vez menor o risco de o Brasil dar um calote nos tomadores de títulos públicos.

Risco mais baixo significa que mais e mais investidores internacionais vão vir colocar dinheiro por aqui. Além disso, o país e as empresas vão conseguir se financiar com juros mais baratos.

E o que muda em minha vida?

Bem, a tendência é que a economia sofra um baque positivo, já que as empresas vão poder pegar dinheiro emprestado a juros mais baixos para investir. As grandes obras de infra-estrutura, como rodovias, hidrelétricas e de saneamento, vão ficar mais baratas. Com isso deve-se gerar mais empregos e aumentar a renda da população em geral.

Outro efeito na economia deve ser uma desacelerada na inflação, que vinha preocupando a autoridade monetária. Com a entrada de mais dólares dos estrangeiros a cotação da moeda deve cair ainda mais, segurando preços de itens que são impactados pela variação da moeda e incentivando ainda mais as importações. A única possibilidade de o efeito não ser esse é se a demanda for maior que a oferta. É a famosa inflação de demanda.

Deve haver ainda um efeito bacana nos empréstimos. Inflação menor vai representar afrouxamento da política monetária – ajustes para baixo na taxa Selic – e isso pode significar juros mais baixos para financiamento de carro, casa própria e outros bens de consumo.

Para quem investe, devem surgir boas opções no mercado de ações, já que a entrada de mais investidores estrangeiros vai – e já começou a dar – um bom empurrão na Bolsa de Valores. No longo prazo, a tendência é que os ativos se valorizem bastante. Vale sempre lembrar que ação é investimento de risco e sempre deve ser feito de olho no longo prazo. Fuja do daytrade e da especulação. A não ser que você goste de um bom cassino.

Uma boa semana a todos.

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segunda-feira, abril 28, 2008

Assine nosso feed!

Agora, clicando no símbolo do rádio na coluna direita do blog você pode ler o Finanças e Ciladas direto do seu agregador favorito.

Mas o que são esses tais de feed e agregador?

Assinar um feed é como assinar uma revista tradicional. Sempre que há uma nova edição da revista, você recebe-a em casa sem ter que se dirigir às bancas. Com os feeds o processo é semelhante. Ao assinar um feed, você será notificado sempre que houver alguma novidade no site.

Para tanto, você precisa apenas ter um programa leitor de feeds (conhecido como agregador), que pode ser baixado e instalado no seu computador ou funcionar diretamente na internet, assim como os webmails. Eu uso o Google Reader. Você pode entrar com sua senha do Orkut ou Gmail.

Tudo o que você tem a fazer é criar uma conta no serviço (ou entrar com sua conta do Google atual) e adicionar o endereço do nosso feed (para copiar o endereço clique com o botão direito do mouse em cima do link e escolha a opção de “Copiar atalho” ou “Copiar link”). Assim você poderá saber antecipadamente quando houver uma nova edição do Finanças e Ciladas.

Nem sempre

A Denize nos conta que nem sempre comprar um TC é uma cilada. Ela conseguiu com a gerente do banco dela um ótimo trade: adquiriu um TC e em troca pôde aplicar uma quantia pequena em um CDB com retorno de 95% do CDI, podendo aumentar para 97% do CDI nos próximos meses. No Banco Real, por exemplo, aplicando pela internet só se consegue 95% do CDI com R$ 50 mil investidos. 97% do CDI só com R$ 100 mil. O CDI está atualmente em 11,59%. No primeiro caso temos um retorno anual de 11% e no segundo 11,2%.

Que a sorte esteja com você Denize.

domingo, abril 27, 2008

26a edição

Quantos de nós já não recebemos aquele simpático telefonema do telemarketing do nosso banco nos oferecendo os milagrosos títulos de capitalização? Essa é uma prática corriqueira dos nossos bancos e muita gente cai nesse conto do vigário. Para se ter uma idéia, dados da Federação Nacional das Empresas de Capitalização (Fenacap) mostram que ano passado os títulos atingiram arrecadação recorde de R$ 7,83 bilhões.

A jogada é a seguinte: você contribui mensalmente com uma quantia qualquer e cruza os dedos para que seu número seja sorteado. No final do plano, se você não ganhar, o dinheiro é devolvido integralmente e corrigido. Ótimo argumento não é?

- Ah, então é um ótimo negócio?

Se você for o sortudo do pedaço, sim. Vá em frente. No entanto, se você não é nenhum Gastão (do tio Patinhas), pode parar por aí. A correção do seu dinheiro é ridícula, geralmente pela TR (0,1% ao mês) e a probabilidade de você ganhar é bem pequena. Só a título de curiosidade, você conhece alguém que já ganhou com título de capitalização?

Vamos a minha parte preferida. As simulações: Um título que exige uma contribuição mensal de R$ 25 durante 60 meses vai valer R$ 1,6 mil no final do plano. O mesmo dinheiro aplicado na poupança se transformará em R$ 1,8 mil, no Tesouro Direto em R$ 2 mil, na bolsa – levando em consideração o retorno médio dos últimos oito anos – em R$ 2,6 mil.

-Ah mas e seu ganhar?

Parabéns. Mas saiba que só 5% dos participantes ganham. E que a probabilidade de você ser sorteado investindo apenas o retorno da caderneta em bilhetes da Loteria Federal é muito maior. E os prêmios costumam ser melhores.

Os TC são voltados para baixa renda e os bancos obtém retornos altíssimos com sua comercialização. Ou você acha que a atendente do banco é tão simpática com você por causa dos seus belos olhos?

Uma boa semana a todos.

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domingo, abril 13, 2008

25a edição - Fundos vs ações

Com cinco anos de altas, o mercado acionário vem despertando a atenção de parcela cada vez maior da população. Basta ver os seguidos recordes de investidores pessoa física na Bovespa. Além disso, com juros baixos em relação ao passado, os ganhos na renda fixa estão cada vez menores e, com isso, mais e mais pessoas estão procurando o investimento em ações.

Há duas maneiras de investir nelas. Uma é comprá-las diretamente na Bovespa. E isso eu ensinei aqui. A outra maneira é investir nos fundos de ações dos bancos comuns. Isso mesmo, aquele em que você movimenta sua fortuna mensalmente. Entra lá no internet banking e, na seção investimentos, procure os fundos de ações. Tem pra todos os gostos.

Mas a discussão é: qual a melhor maneira de investir em ações? Preparei uma lista de vantagens e desvantagens de ambas que vai ajudá-lo a decidir.

Fundos de ações

· Vantagens
Gestão profissional: A gestão do seu dinheiro é feita por profissionais capacitados, que escolhem as ações com maior potencial de ganhos e menor risco, combinados. A dica aqui é escolher um fundo de ações com gestão ativa, ou seja, que os analistas podem comprar e vender as ações nos momentos em que julgarem mais adequado.

o Menos riscos: Como esses fundos têm grande disponibilidade de recursos, eles conseguem montar uma carteira de ações bastante diversificada, algo talvez que você não conseguisse fazer investindo diretamente em ações

o Diversificação: Com pouco dinheiro, R$ 2 mil por exemplo, você consegue uma diversificação que não conseguiria na compra direta de ações.

· Desvantagens

o Taxa de administração: Não existe almoço grátis (presumo que janta também não). Portanto, o banco vai te cobrar uma taxa para administrar seu dinheiro com competência. As taxas variam de 2% a 5%, dependendo do fundo.

o Taxa de performance: Em alguns fundos é cobrada uma taxa de performance. É algo como se se você ganhar demais, você divide a grana com o banco. Divide não, mas uma parte dos ganhos vão pra eles. Mas se você perde, ninguém socializa prejuízos.

o Imposto: O leão te come 15% de tudo que você ganha.

o Diluição do ganho: Pelas razões acima, o seu ganho acaba diluído. Até mesmo a diversificação excessiva, que seria uma das vantagens, diminui seu potencial de ganhos

Compra direta

· Vantagens

o Isenção de IR: O imposto não leva nada de você se suas movimentações mensais forem abaixo de R$ 20 mil

o Aplicações pequenas: Não só nos fundos de ações dá pra investir pouco dinheiro nos papéis. No mercado acionário, você pode comprar no fracionário (quantidades menores que o lote padrão de 100 ações) e com isso investir pequenas quantias mensalmente. Mas note que quanto menos ações você compra, no caso de a corretagem ser fixa, o valor desta pesa cada vez mais sobre a compra.

o Potencial de ganhos: O potencial de ganhos é maior, porque geralmente você não vai comprar muitas ações de empresas diferentes. Vai ficar lá com três ou quatro papéis apostando neles

o Sem taxas: Não tem taxa de administração, só a de corretagem. Mas algumas corretoras cobram para manter o papel sob custódia. Portanto, fuja destas. A minha não cobra.

· Desvantagens

o Riscos maiores: É óbvio, você pode escolher as ações erradas e perder uma grana. Procure sempre as avaliações das corretoras, sempre olhando o preço alvo (target price, no jargão) da ação e comparando com o preço atual

o Tempo: Você vai precisar ficar acompanhando. Por exemplo, se sua ação atingir o preço alvo é hora de vender. Se você perder a oportunidade, pode não consegui-la depois.

o Conhecimento: É necessário ter o mínimo de conhecimento financeiro, como os múltiplos das ações, o significado do preço alvo, as perspectivas do setor ao qual pertence a empresa investida e as perspectivas da economia.

É isso, espero que eu os tenha ajudado a decidir. Eu tenho apostado num mix entre as duas coisas. É a diversificação da diversificação.

Uma boa semana financeira a todos.

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domingo, abril 06, 2008

24ª edição - Dá pra perder dinheiro?

As pessoas têm me perguntado muito sobre o Tesouro Direto, ultimamente. A principal pergunta que eu ouço é: “mas tem risco de perder dinheiro, não tem?”. A resposta é sim. Primeiro porque não existe aplicação sem risco. Até a poupança tem limite na hora de proteger o aplicador contra perdas. Segundo, é porque as taxas de juros oscilam e é nessa oscilação que se pode perder dinheiro ou deixar de ganhá-lo.

Vamos aos exemplos. Fernanda quer casar com Robson e para isso está aplicando mensalmente no Tesouro Direto, comprando LTNs. No dia em que foi comprar a primeira LTN, com vencimento em um ano, o preço do título era de R$ 892,85. Doze meses depois, ela receberia R$ 1 mil, portanto uma taxa de juros de 12% ao ano.

Mas Fernanda precisou usar o dinheiro antes do vencimento da aplicação: três meses depois da compra do título. Só que nessa época, por causa da crise americana do subprime, os títulos do governo estavam sendo negociados a uma taxa de 20% ao ano. Logo, o valor do título naquele mês era de R$ 872,19, já que o mesmo é calculado trazendo o valor do título na taxa do vencimento ao momento da venda, ou seja, descontando 20% por 9 meses.

Todo mundo já viu que Fernanda teve uma perda de 2,3% no que ela aplicou. Portanto, novamente reitero que é possível sim perder dinheiro no Tesouro Direto, pela oscilação das taxas de juros.

Mas note que se Fernanda tivesse segurado o título até o vencimento, ela não teria perdido nada. Iria ter aplicado os R$ 892,85 hoje e recebido os R$ 1 mil na taxa de vencimento, um retorno de 12%, e com isso os planos de casamento estariam mantidos.

Portanto, se for comprar LTNs, tenha a máxima certeza que poderá ficar com elas até a data de vencimento, e não há risco de perder dinheiro. A não ser que o governo dê um calote, o que é muito difícil, diria impossível, nos dias atuais.

Uma boa semana a todos e ótimas aplicações.