segunda-feira, abril 28, 2008

Assine nosso feed!

Agora, clicando no símbolo do rádio na coluna direita do blog você pode ler o Finanças e Ciladas direto do seu agregador favorito.

Mas o que são esses tais de feed e agregador?

Assinar um feed é como assinar uma revista tradicional. Sempre que há uma nova edição da revista, você recebe-a em casa sem ter que se dirigir às bancas. Com os feeds o processo é semelhante. Ao assinar um feed, você será notificado sempre que houver alguma novidade no site.

Para tanto, você precisa apenas ter um programa leitor de feeds (conhecido como agregador), que pode ser baixado e instalado no seu computador ou funcionar diretamente na internet, assim como os webmails. Eu uso o Google Reader. Você pode entrar com sua senha do Orkut ou Gmail.

Tudo o que você tem a fazer é criar uma conta no serviço (ou entrar com sua conta do Google atual) e adicionar o endereço do nosso feed (para copiar o endereço clique com o botão direito do mouse em cima do link e escolha a opção de “Copiar atalho” ou “Copiar link”). Assim você poderá saber antecipadamente quando houver uma nova edição do Finanças e Ciladas.

Nem sempre

A Denize nos conta que nem sempre comprar um TC é uma cilada. Ela conseguiu com a gerente do banco dela um ótimo trade: adquiriu um TC e em troca pôde aplicar uma quantia pequena em um CDB com retorno de 95% do CDI, podendo aumentar para 97% do CDI nos próximos meses. No Banco Real, por exemplo, aplicando pela internet só se consegue 95% do CDI com R$ 50 mil investidos. 97% do CDI só com R$ 100 mil. O CDI está atualmente em 11,59%. No primeiro caso temos um retorno anual de 11% e no segundo 11,2%.

Que a sorte esteja com você Denize.

domingo, abril 27, 2008

26a edição

Quantos de nós já não recebemos aquele simpático telefonema do telemarketing do nosso banco nos oferecendo os milagrosos títulos de capitalização? Essa é uma prática corriqueira dos nossos bancos e muita gente cai nesse conto do vigário. Para se ter uma idéia, dados da Federação Nacional das Empresas de Capitalização (Fenacap) mostram que ano passado os títulos atingiram arrecadação recorde de R$ 7,83 bilhões.

A jogada é a seguinte: você contribui mensalmente com uma quantia qualquer e cruza os dedos para que seu número seja sorteado. No final do plano, se você não ganhar, o dinheiro é devolvido integralmente e corrigido. Ótimo argumento não é?

- Ah, então é um ótimo negócio?

Se você for o sortudo do pedaço, sim. Vá em frente. No entanto, se você não é nenhum Gastão (do tio Patinhas), pode parar por aí. A correção do seu dinheiro é ridícula, geralmente pela TR (0,1% ao mês) e a probabilidade de você ganhar é bem pequena. Só a título de curiosidade, você conhece alguém que já ganhou com título de capitalização?

Vamos a minha parte preferida. As simulações: Um título que exige uma contribuição mensal de R$ 25 durante 60 meses vai valer R$ 1,6 mil no final do plano. O mesmo dinheiro aplicado na poupança se transformará em R$ 1,8 mil, no Tesouro Direto em R$ 2 mil, na bolsa – levando em consideração o retorno médio dos últimos oito anos – em R$ 2,6 mil.

-Ah mas e seu ganhar?

Parabéns. Mas saiba que só 5% dos participantes ganham. E que a probabilidade de você ser sorteado investindo apenas o retorno da caderneta em bilhetes da Loteria Federal é muito maior. E os prêmios costumam ser melhores.

Os TC são voltados para baixa renda e os bancos obtém retornos altíssimos com sua comercialização. Ou você acha que a atendente do banco é tão simpática com você por causa dos seus belos olhos?

Uma boa semana a todos.

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domingo, abril 13, 2008

25a edição - Fundos vs ações

Com cinco anos de altas, o mercado acionário vem despertando a atenção de parcela cada vez maior da população. Basta ver os seguidos recordes de investidores pessoa física na Bovespa. Além disso, com juros baixos em relação ao passado, os ganhos na renda fixa estão cada vez menores e, com isso, mais e mais pessoas estão procurando o investimento em ações.

Há duas maneiras de investir nelas. Uma é comprá-las diretamente na Bovespa. E isso eu ensinei aqui. A outra maneira é investir nos fundos de ações dos bancos comuns. Isso mesmo, aquele em que você movimenta sua fortuna mensalmente. Entra lá no internet banking e, na seção investimentos, procure os fundos de ações. Tem pra todos os gostos.

Mas a discussão é: qual a melhor maneira de investir em ações? Preparei uma lista de vantagens e desvantagens de ambas que vai ajudá-lo a decidir.

Fundos de ações

· Vantagens
Gestão profissional: A gestão do seu dinheiro é feita por profissionais capacitados, que escolhem as ações com maior potencial de ganhos e menor risco, combinados. A dica aqui é escolher um fundo de ações com gestão ativa, ou seja, que os analistas podem comprar e vender as ações nos momentos em que julgarem mais adequado.

o Menos riscos: Como esses fundos têm grande disponibilidade de recursos, eles conseguem montar uma carteira de ações bastante diversificada, algo talvez que você não conseguisse fazer investindo diretamente em ações

o Diversificação: Com pouco dinheiro, R$ 2 mil por exemplo, você consegue uma diversificação que não conseguiria na compra direta de ações.

· Desvantagens

o Taxa de administração: Não existe almoço grátis (presumo que janta também não). Portanto, o banco vai te cobrar uma taxa para administrar seu dinheiro com competência. As taxas variam de 2% a 5%, dependendo do fundo.

o Taxa de performance: Em alguns fundos é cobrada uma taxa de performance. É algo como se se você ganhar demais, você divide a grana com o banco. Divide não, mas uma parte dos ganhos vão pra eles. Mas se você perde, ninguém socializa prejuízos.

o Imposto: O leão te come 15% de tudo que você ganha.

o Diluição do ganho: Pelas razões acima, o seu ganho acaba diluído. Até mesmo a diversificação excessiva, que seria uma das vantagens, diminui seu potencial de ganhos

Compra direta

· Vantagens

o Isenção de IR: O imposto não leva nada de você se suas movimentações mensais forem abaixo de R$ 20 mil

o Aplicações pequenas: Não só nos fundos de ações dá pra investir pouco dinheiro nos papéis. No mercado acionário, você pode comprar no fracionário (quantidades menores que o lote padrão de 100 ações) e com isso investir pequenas quantias mensalmente. Mas note que quanto menos ações você compra, no caso de a corretagem ser fixa, o valor desta pesa cada vez mais sobre a compra.

o Potencial de ganhos: O potencial de ganhos é maior, porque geralmente você não vai comprar muitas ações de empresas diferentes. Vai ficar lá com três ou quatro papéis apostando neles

o Sem taxas: Não tem taxa de administração, só a de corretagem. Mas algumas corretoras cobram para manter o papel sob custódia. Portanto, fuja destas. A minha não cobra.

· Desvantagens

o Riscos maiores: É óbvio, você pode escolher as ações erradas e perder uma grana. Procure sempre as avaliações das corretoras, sempre olhando o preço alvo (target price, no jargão) da ação e comparando com o preço atual

o Tempo: Você vai precisar ficar acompanhando. Por exemplo, se sua ação atingir o preço alvo é hora de vender. Se você perder a oportunidade, pode não consegui-la depois.

o Conhecimento: É necessário ter o mínimo de conhecimento financeiro, como os múltiplos das ações, o significado do preço alvo, as perspectivas do setor ao qual pertence a empresa investida e as perspectivas da economia.

É isso, espero que eu os tenha ajudado a decidir. Eu tenho apostado num mix entre as duas coisas. É a diversificação da diversificação.

Uma boa semana financeira a todos.

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domingo, abril 06, 2008

24ª edição - Dá pra perder dinheiro?

As pessoas têm me perguntado muito sobre o Tesouro Direto, ultimamente. A principal pergunta que eu ouço é: “mas tem risco de perder dinheiro, não tem?”. A resposta é sim. Primeiro porque não existe aplicação sem risco. Até a poupança tem limite na hora de proteger o aplicador contra perdas. Segundo, é porque as taxas de juros oscilam e é nessa oscilação que se pode perder dinheiro ou deixar de ganhá-lo.

Vamos aos exemplos. Fernanda quer casar com Robson e para isso está aplicando mensalmente no Tesouro Direto, comprando LTNs. No dia em que foi comprar a primeira LTN, com vencimento em um ano, o preço do título era de R$ 892,85. Doze meses depois, ela receberia R$ 1 mil, portanto uma taxa de juros de 12% ao ano.

Mas Fernanda precisou usar o dinheiro antes do vencimento da aplicação: três meses depois da compra do título. Só que nessa época, por causa da crise americana do subprime, os títulos do governo estavam sendo negociados a uma taxa de 20% ao ano. Logo, o valor do título naquele mês era de R$ 872,19, já que o mesmo é calculado trazendo o valor do título na taxa do vencimento ao momento da venda, ou seja, descontando 20% por 9 meses.

Todo mundo já viu que Fernanda teve uma perda de 2,3% no que ela aplicou. Portanto, novamente reitero que é possível sim perder dinheiro no Tesouro Direto, pela oscilação das taxas de juros.

Mas note que se Fernanda tivesse segurado o título até o vencimento, ela não teria perdido nada. Iria ter aplicado os R$ 892,85 hoje e recebido os R$ 1 mil na taxa de vencimento, um retorno de 12%, e com isso os planos de casamento estariam mantidos.

Portanto, se for comprar LTNs, tenha a máxima certeza que poderá ficar com elas até a data de vencimento, e não há risco de perder dinheiro. A não ser que o governo dê um calote, o que é muito difícil, diria impossível, nos dias atuais.

Uma boa semana a todos e ótimas aplicações.