domingo, julho 08, 2007

17ª edição - Debêntures

Uma boa alternativa de investimento são as debêntures. São títulos de dívida emitidos por empresas estatais e privadas, que remuneram o acionista de acordo com uma taxa de juros definida na emissão dos papéis. Esses papéis têm pouquíssima demanda entre pequenos investidores. Também pudera, geralmente cada debênture vale R$ 10 mil. Na hora da compra pode custar mais ou menos ao investidor, mas isso veremos mais a frente.

O fato é que se trata de um papel pouco accessível ao pequeno investidor. Mas esse quadro está mudando. O BNDESpar iniciou um processo de distribuição de debêntures de R$ 2 bilhões. A novidade é que cada papel custa apenas R$ 1 mil. Ou seja, exatamente do tamanho do bolso do pequeno investidor.

Neste caso, foram dois tipos de debêntures. Uma com remuneração prefixada, ou seja, o aplicador sabe, no momento da compra, quanto vai receber no vencimento e durante o pagamento dos cupons. Outra com remuneração vinculada à inflação – uma novidade em termos de mercado brasileiro em função da inflação baixa.

Pra quem não entendeu a parte dos cupons, vou explicar como funciona uma debênture. Trata-se de um empréstimo que o investidor faz a uma empresa, geralmente para esta quitar outras dívidas mais caras ou investir em algum projeto.

Quando empresta o dinheiro, o investidor recebe a debênture, que prevê o pagamento do valor emprestado da seguinte forma: uma quantia correspondente a quantia principal emprestada e de, semestralmente ou anualmente, uma quantia vinculada àquela taxa de juros definida pela companhia emissora da debênture. Estes pagamentos são chamados de cupons.

O valor da debênture no momento da compra é definido por diversas instituições financeiras, que fazem o chamado bookbuilding do papel. Esse processo, que nada mais é do que a definição de uma taxa de desconto para o fluxo de caixa proporcionado pela debênture, define se ela será comprada mais cara do que seu valor principal (ágio) ou mais barata do que aquele (deságio). Só aí que se sabe qual será o valor de compra.

Quem quiser aplicar nestes papéis, também ter que ter uma conta em uma corretora de valores. Feita a conta, faça o contato com sua corretora e boa sorte. Vale lembrar que é sempre bom consultar um analista que dê uma opinião embasada sobre o risco de default (calote) da companhia. Embora mais rentáveis, empréstimos assim são mais arriscados. Depois disso, mãos a obra.

Uma boa semana a todos

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