terça-feira, abril 24, 2007

7ª edição - Venda o seu carro

Poder ter um carro é – perdão o trocadilho – uma mão na roda. Com ele, você se desloca para onde quiser e na hora que quiser. O carro te dá uma espécie de independência. Você pode ir ao trabalho; sair no fim de semana, independente da distância; viajar; namorar e por aí vai.

Mas tudo isso tem um custo. O carro muitas vezes pode ser dispensável, dependendo do uso que se faz dele. Por exemplo, se você não precisa do carro para trabalhar – não falo de conforto, mas necessidade – usa o veículo para distâncias curtas, não tem filhos, nem mulher grávida, muito menos parentes que dependam exclusivamente de você, venda seu carro.

Calma, calma, não vá ligar para os classificados do seu jornal favorito agora. Como tudo na vida que envolve dinheiro é preciso fazer exaustivos cálculos. Pensando nisso, o Finanças e Ciladas elaborou uma tabela que ajudará você a decidir se deve se livrar do carro ou não.

Vamos a alguns exemplos construídos a partir da planilha. Você tem um Gol, ano 2005. O IPVA desse carro, em média é de R$ 1 mil. Digamos que é movido a gasolina e que por mês você anda 200 km. Inclua aí uma manutenção anual (troca de óleo, pneus, pastilhas de freio, alinhamentos, balanceamentos, etc) bem razoável de R$ 500. Some também uma despesa anual de lavagem de R$ 240. No final do ano você terá gasto R$ 3,3 mil aproximadamente.

Agora vamos ao exagero total de você vender este carro, que vale aí uns R$ 20 mil, e para manter o mesmo conforto, só andar de taxi. Com uma frequência semanal de 4 viagens e percorrendo a mesma distância que percorria em um carro, no final do ano você terá gasto R$ 4,1 mil, ou seja, mais do que se mantivesse o carro.

Mas digamos que você vendeu o carro e aplicou o dinheiro na pouco rentável caderneta de poupança, que está rendendo 7,10% anuais. Se mantiver a aplicação você terá na poupança R$ 1,4 mil a mais no fim do ano. Colocando essa grana no bolo, no final você terá gasto em um ano R$ 540 a menos com o taxi do que com o carro. Adicione aí as dores de cabeça que você vai se livrar como estacionar, fazer vistoria, manutenção, lavagem, etc...

A coisa fica ainda mais superlativa se você anda a metade dessa distância em um mês. No final das contas sobram quase R$ 2 mil para você gastar em que quiser depois. Aumentando o valor do carro e do IPVA, sobra ainda mais dinheiro.

Essas contas levam em consideração o absurdo de você só andar de taxi. Mas convenhamos que se você anda distâncias curtas, é bem plausível pegar ônibus, trem ou metrô para fazer os seus percursos. Ou seja, a economia ainda é maior.

Agora é com você. Decida se deve vender ou não o carro, levando em consideração, além do dinheiro, os principais usos que se faz do veículo.

Uma boa semana.

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